sábado, 20 de junho de 2009

Coisas que eu não sabia que sabia...

Se eu sei falar sobre moda?
Mas é claro que eu sei!
Tá, nem eu sabia que sabia, mas enfim.
Nem foi tão dificil.
Uma fuçada aqui, outra ali e pimba!!
Muuuuito fácil!
Ainda coloquei uma dica!
Mas o melhor de tudo nem foi perceber que posso escrever sobre qualquer assunto e fazer isso bem ( tá, não precisa tanto, não me mandem mais escrever sobre moda...), o bom mesmo foram os " Ficou ótimo! ", " Bárbara, muito bom o texto! ", "Obrigadão, viu Babi!".
Desce do palco, sem muita vaidade.
Mas que fiquei feliz, ô se fiquei!

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140 degraus.
Na primeira vez eu só comecei a contar quando já estava na metade, acabei me perdendo nas contas, mas da última vez fiz questão de concentrar.
A senhora que descia não entendeu nada quando eu respirei fundo e soltei " iniciando contagem".
E lá fui eu!
Casa de um lado, casa do outro e eu no meio, passando.
O tempo eu ainda não cronometrei, mas eu sei que dá tempo de pensar sobre várias coisas.
Várias coisas mesmo!
As vezes nem eu acredito que tô acordando as cinco da matina, pegando buzu, subindo escada, andando mais dez minutos pra chegar e que tô feliz, extremamente feliz, com tudo que está acontecendo.
Tá, poderia estar indo de carro, poderia ser menos cansativo o trajeto, mas não é.
E se for assim pra acontecer, que seja.

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Existem diversos ônibus que são adaptados para deficientes, em Salvador.
Com a minha nova rotina eu sou obrigada a circular pra lá e pra cá de buzu e tenho visto que realmente os deficientes têm alcançado grandes vitórias em relação ao transporte público.
Antes de falar sobre isso, posso fazer uma observação?
Ok
Pra mim, uma das melhores coisas em relação aos ônibus são as cores. É ótimo quando eles têm cores bem chamativas e totalmente diferentes. E a pior coisa são os letreiros eletrônicos. Durante o dia aquilo é péssimo! A claridade não deixa entender direito. Eu já perdi o buzu vááárias vezes por só ter conseguido entender o que estava escrito depois de ele já está no ponto, e aí minha amiga, não tem jeito, passa direto! Agora é assim; é vermelhinho? Eu coloco logo a mão. Se for o errado, eu grito: Leva motô!!
Voltando.
Outro dia peguei um ônibus amarelinho que é todo adaptado para deficiente. Muito bom mesmo! Em um determinado ponto embarca um cadeirante. Figuraça! Falante que só ele. E adivinha perto de quem ele foi sentar? Ora, claro que perto de mim, né? Eu acho que atraio papo em ônibus.
Deve ter uma placa em meu pescoço, “ conversem comigo”.
E papo vai e papo vem e ele gritou: “Motô, vou descer no próximo!” mas antes de descer ele me disse “ Sabe, hoje isso é possível acontecer, não dependo de mais ninguém pra me levar ali ou acolá, adoro ser independente, mesmo que seja em momentos isolado...”
E lá foi ele.
E fiquei eu, observando aquela independência tão dependente.

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